Bouvier des Flandres

Raça: Bouvier des Flandres

Grupo: Cães Pastores

Função: Guarda, Defesa, lida de Gado, e Faro

País de origem: Bélgica e França

Aprovado por: Osmir de Moraes Bastos - Presidente

 

APARÊNCIA  GERAL: brevilíneo. Com tronco curto e atarracado,  membros fortes e bem musculosos. O Bouvier de Flandres dá  uma impressão de potência sem rusticidade. Deve ser julgado em sua posição natural, sem nenhum contato com o apresentador.

PROPORÇÕES IMPORTANTES

  • o comprimento do corpo, da ponta do ombro à ponta da nádega, deve ser, sensivelmente, igual à altura na cernelha.
  • a proporção do comprimento do crânio em relação ao comprimento do focinho é de 3:2.

COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO:  possui temperamento calmo, sensível, equilibrado e destemido.

Pelo fogo do olhar, ele revela inteligência, energia e audácia. Deve conservar, absolutamente, suas aptidões para o trabalho. Qualquer desvio que possa prejudicá-las deverá ser penalizado.

CABEÇA: de aparência massuda; mais acentuada ainda pela barba e pelos bigodes.

É proporcional ao tronco e ao porte. Revela-se bem cinzelada ao toque.

REGIÃO CRANIANA: bem desenvolvida e plana; um pouco mais longa que larga. As linhas superiores do crânio e do focinho são paralelas. O sulco frontal é apenas marcado.

Stop: pouco marcado, mais aparente que real em virtude dos supercílios elevados.

REGIÃO FACIAL

Trufa: de perfil, continua a linha superior do focinho em suave arco convexo na ponta. Bem desenvolvida, de narinas bem abertas, bordas arredondadas e sempre de cor preta.

Focinho: grande, poderoso, ossudo, de linha superior reta, diminuindo para a frente, sem ser pontudo.

Mais curto que o crânio na proporção de 3:2,  e, seu perímetro, medido logo à frente dos olhos, é quase igual ao comprimento da cabeça.

Lábios: bem fechados e fortemente pigmentados.

Maxilares / Dentes: poderosos, de igual comprimento, podendo articular os dentes incisivos, igualmente, com a mordedura em tesoura, ou tocando-se de topo com a mordedura em torquês.

Dentes fortes, brancos e sadios. A dentição deve ser completa.

Bochechas: planas e secas. Arcos zigomáticos pouco salientes.

Olhos: de expressão franca e enérgica; nem proeminentes nem profundos nas órbitas.

De formato ligeiramente oval, são inseridos numa linha horizontal. A cor deve ser a mais escura de acordo com a pelagem. Os olhos claros ou de rapina devem ser severamente penalizados. Pálpebras de cor preta, sem sinal de despigmentação.  As conjuntivas não devem nunca ser aparentes.

Orelhas: cortadas em forma de triângulo; portadas bem retas; inseridas altas e móveis; recomenda-se que o corte seja proporcional ao tamanho da cabeça.

Orelhas não amputadas:

Posição: de inserção alta, acima do nível dos olhos, a dobra não deve ultrapassar o plano  superior do crânio.

Forma e porte: semi-longas, em forma de um triângulo eqüilátero, levemente arredondadas nas pontas, caindo rentes às faces, salvo um leve afastamento junto à inserção; nem  dobradas nem cacheadas; proporcionais ao tamanho da cabeça; revestidas de pelos rasos.

PESCOÇO: deverá ser livre e suficientemente elevado. Forte, musculoso, alargando-se gradualmente para os ombros; seu  comprimento é ligeiramente menor que o da cabeça. Nuca poderosa e ligeiramente arqueada. Sem barbelas.

TRONCO: poderoso, robusto e curto.

Linha superior: linha superior do dorso e do lombo horizontal, esticada e firme.

Cernelha: ligeiramente saliente.

Dorso: curto, largo, musculoso e bem substancioso; sem aparência de fraqueza, ainda que flexível.

Lombo: curto, largo, musculoso; flexível e sem aparente fraqueza.

Garupa: em continuação à linha superior fundindo-se imperceptivelmente à cintura pélvica. De largura moderada nos machos e mais desenvolvida nas fêmeas. A garupa caída é um defeito.

Peito: largo e bem descido até o nível dos cotovelos. Ele não deve ser cilíndrico. As primeiras costelas são ligeiramente arqueadas; as outras, bem arqueadas e muito inclinadas para trás, conferindo o comprimento desejável ao peito. As costelas planas serão severamente penalizadas. A distância entre a parte anterior do esterno e a última costela deve ser grande, mais ou menos 7/10 da altura na cernelha.

Linha inferior: a parte inferior do peito se levanta muito ligeiramente para o ventre levemente esgalgado. Os flancos são curtos, especialmente nos machos.

CAUDA: inserida relativamente alta, devendo estar no alinhamento da coluna vertebral. Alguns cães podem apresentar anurismo congênito, não devendo ser penalizados. A cauda deve ser cortada na semana do nascimento, deixando duas ou três vértebras.

Nos países onde a caudectomia é proibida, a cauda inteira é admitida.

MEMBROS

ANTERIORES: de ossatura forte, bem musculosos. São perfeitamente retos e paralelos vistos de frente.

Ombros: escápulas relativamente longas, musculosas, sem serem pesadas; moderadamente anguladas; do mesmo comprimento que o úmero.

Braços: moderadamente oblíquos.

Cotovelos: trabalhando bem ajustados e paralelos; rentes ao tórax e corretamente direcionados para a frente, não virando nem para fora nem para dentro.

Antebraços: vistos de qualquer ângulo, paralelos e verticais. Bem musculosos com uma forte ossatura.

Carpos: no mesmo prumo do antebraço. O osso pisiforme é a única parte saliente.

Ossatura forte.

Metacarpos: muito curtos e de pouquíssima inclinação. Ossatura forte.

Patas: curtas, redondas e compactas, não viradas nem para fora nem para dentro.

Dedos fechados e arqueados. Unhas fortes e pretas. Almofadas espessas e duras.

POSTERIORES: poderosos, com musculatura pronunciada, bem aprumados. Vistos por trás, perfeitamente paralelos; devem se mover  no mesmo plano dos anteriores.

Coxas: largas, bem musculosas, estão direcionadas paralelamente ao plano mediano do corpo. O fêmur não deverá ser nem muito reto, nem muito inclinado. A nádega é bem descida e firme.

Joelhos: sensivelmente colocados sobre uma linha imaginária, partindo do ponto mais elevado da anca (crista ilíaca) e perpendicular ao solo.

Pernas: moderadamente longas, bem musculosas, moderadamente anguladas.

Metatarsos: robustos e secos, mais para cilíndricos; perpendiculares ao solo quando o cão está em “stay” natural. Sem ergôs.

Jarretes: curtos, largos, musculosos e firmes. Vistos por trás, são retos e paralelos em posição de stay. Em movimento, não devem virar nem para dentro nem para fora.

Patas: redondas, sólidas, dedos cerrados e arqueados. Unhas fortes e pretas; almofadas plantares, espessas e duras.

MOVIMENTAÇÃO: o Bouvier des Flandres deve ser harmoniosamente proporcionado, de maneira a permitir uma movimentação livre, fluente e confiante. O passo e o trote são a sua movimentação habitual, embora existam igualmente os que fazem o passo travado ou passo de camelo. Em trote normal, o Bouvier des Flandres cobre as suas pegadas dianteiras com seus passos traseiros.

PELE: firmemente aderida, sem frouxidão significativa. As bordas das pálpebras e dos lábios são sempre bem escuras.

PELAGEM

Pelo:  bem farto,  forma com o subpelo uma capa protetora perfeitamente adaptada às bruscas variações climáticas da terra de origem da raça. Rústico ao toque, seco e fosco, nem muito longo nem muito curto (em torno de 6 cm), ligeiramente eriçado sem ser lanoso ou encaracolado. Sobre a cabeça é mais curto, e quase raso na face externa das orelhas, cujo pavilhão interno é protegido por uma pelagem moderadamente longa.

O lábio superior guarnecido de bigodes e o queixo de uma barba cerrada e eriçada, conferindo a expressão barbuda característica da raça. Sobrancelhas revestidas de pelos levantados, acentuando a forma das arcadas superciliares, sem velar os olhos. O pelo é, particularmente, espesso e cheio sobre a parte superior do dorso, encurtando em direção aos membros, mas permanecendo todo áspero. Deve-se evitar o pelo raso, porque denota uma falta de subpelo. O subpelo é uma camada de pelos finos e cerrados que ficam sob o pelo de cobertura, formando com ele um manto impermeável.

COR: é geralmente cinza, tigrado ou encarvoado. A pelagem preta é igualmente aceita sem ser favorecida. A pelagem clara não é admitida. Uma estrela branca no peito é tolerada.

TAMANHO / PESO

Altura na cernelha:

de  62 a 68 cm para os machos.

de  59 a 65 cm para as fêmeas.

Com tolerância de mais ou menos 1 cm. Em cada sexo, a altura ideal é a média dos dois limites, ou seja, 65 cm para os machos e 62 cm para as fêmeas.

Peso: aproximadamente:

de  35 a 40 quilos para os machos.

de  27 a 35 quilos para as fêmeas.

FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deverá ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.

FALTAS GRAVES

  • cão tímido.
  • aspecto molossóide; cão muito pesado.
  • corpo nitidamente longo demais (ligeira tolerância para as fêmeas); muito leve.
  • cabeça maciça demais; stop muito marcado.
  • sulco frontal marcado; apófises zigomáticas muito salientes.
  • crânio abobadado, estreito; crista occipital muito pronunciada; total falta de paralelismo entre o crânio e o focinho.
  • focinho muito longo; trufa pontiaguda.
  • lábios flácidos ou espessos.
  • torção de mandíbula; má oclusão; dentes pequenos, doentes e mal alinhados.
  • olhos claros, globulosos; olhar atípico.
  • orelhas inteiras franzidas, formando dobras (lobulares).
  • pescoço cilíndrico; barbelas.
  • dorso selado ou carpeado.
  • importantes defeitos de aprumos; jarretes muito angulados; cão muito parado.
  • pelo sedoso; ausência de subpelo; pelo volumoso, brilhante, preparado.
  • falta de guarnição na cabeça.
  • defeitos de pigmentação: trufa, lábios e pálpebras.

FALTAS ELIMINATÓRIAS

  • cão medroso e agressivo.
  • falta de tipicidade.
  • trufa despigmentada ou de outra cor senão o preto.
  • focinho pontudo.
  • prognatismo superior ou inferior.
  • falta de qualquer outro dente que não seja o PM1.
  • olhos de cores diferentes.
  • entrópio ou ectrópio; pálpebras despigmentadas.
  • pelagem de cor marrom chocolate, branco, sal e pimenta, cor desbotada, qualquer cor loura, do claro ao vermelho, mesmo encarvoado.
  • tamanho fora dos limites do padrão.
  • todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado.

NOTA:

  • os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.



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