Raça: Dogue de Bordeaux
Grupo: Cães de Guarda e Utilidade
Função: Cão de guarda e Defesa
País de origem: França
Aprovado por: Osmir de Moraes Bastos - Presidente
APARÊNCIA GERAL: tipicamente um molossóide braquicefálico concavilíneo. O Dogue de Bordeaux é um cão muito poderoso, com um corpo muito musculoso conservando, porém, um conjunto harmonioso. É construído mais próximo ao solo; a altura do esterno ao solo é ligeiramente menor que a profundidade do peito. Travesso, atlético e imponente, tem um aspecto muito dissuasivo.
PROPORÇÕES IMPORTANTES
COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: antigo cão de combate, o Dogue de Bordeaux, talhado para a guarda, que assume com atenção e grande coragem, porém, sem agressividade. Bom companheiro, muito apegado ao seu dono e muito afetuoso. Calmo, equilibrado, com alto limiar de estímulo. O macho geralmente tem um caráter dominante.
CABEÇA: vista pela frente ou por cima, é bem volumosa, angulosa, larga, bastante curta, de aspecto trapezoidal. As linhas superiores do crânio e a que sai da cana nasal são convergentes (para frente). A cabeça é sulcada de rugas simétricas de cada lado do sulco mediano. Estas rugas profundas e simétricas são móveis, dependendo se o cão está atento ou não. A ruga que vai do canto interno do olho para o canto da boca é típica. Se presente, a ruga que vai do canto externo do olho para cada canto da boca ou da barbela deve ser discreta.
REGIÃO CRANIANA
O volume e a forma são as consequências do importante desenvolvimento dos ossos temporais, das arcadas supraorbitais, zigomáticas e do espaçamento dos lados da mandíbula. A região superior do crânio é ligeiramente convexa de um lado para o outro. O profundo sulco frontal atenua-se em direção da extremidade posterior da cabeça. A testa domina o rosto, mas não se sobressai a ele. No entanto, ainda é mais larga que alta.
REGIÃO FACIAL
Trufa: grande, de narinas bem abertas, bem pigmentada conforme a cor da máscara.
Admite-se a trufa arrebitada, mas não voltada para trás, em direção aos olhos.
Focinho: poderoso, largo, volumoso, mas não empastado (carnudo) sob os olhos; bastante curto, linha superior ligeiramente côncava, com rugas tenuemente marcadas.
A largura diminui ligeiramente até a ponta do focinho que, visto de cima, tem o formato geral quadrado.
Em relação à região superior do crânio, a linha do focinho forma um ângulo muito obtuso para cima.
Quando a cabeça está na horizontal, a ponta do focinho, largo na raiz, volumoso e truncado, fica à frente de uma vertical, tangente à linha anterior da trufa. O perímetro do focinho é quase dois terços do da cabeça. Seu comprimento, varia entre um terço e um mínimo de um quarto do comprimento total da cabeça, da trufa à protuberância occipital. Os limites estabelecidos (máximo de um terço e mínimo de um quarto do comprimento total da cabeça) são permitidos, mas não procurados, ficando o comprimento ideal do focinho compreendido entre esses dois extremos.
Maxilares: poderosos e largos. O cão é prognata (o prognatismo inferior é uma característica da raça). A face posterior dos incisivos inferiores está à frente e sem contato com a face anterior dos incisivos superiores. A mandíbula curva-se para cima. O queixo é bem marcado e não deve ultrapassar exageradamente o lábio superior, nem ser encoberto por ele.
Dentes: fortes, particularmente os caninos. Os caninos inferiores são afastados e ligeiramente recurvados. Incisivos bem alinhados, principalmente os inferiores, que são organizados em linha aparentemente reta.
Lábios: os superiores são espessos, moderadamente pendentes e retráteis. Vistos de perfil, apresentam uma linha inferior arredondada. Recobrem lateralmente a mandíbula.
Na frente, o bordo do lábio superior permanece em contato com o lábio inferior, então desce de cada lado formando um “V” invertido e aberto.
Bochechas: salientes, em virtude de um desenvolvimento muscular muito forte.
Olhos: ovais, largamente afastados, numa distância entre os cantos mediais equivalente ao dobro da distância entre os bordos interno e externo de um mesmo olho (abertura palpebral). Olhar franco. A conjuntiva não deve ser aparente. Cor, do avelã ao marrom escuro, para os exemplares com máscara escura. Nos de máscara ruiva ou sem máscara tolera-se, mas não se busca, uma tonalidade mais clara.
Orelhas: relativamente pequenas, de cor um pouco mais escura que a cor da pelagem.
No seu conjunto, a frente da base da orelha é ligeiramente levantada. Elas devem cair, mas não ficarem suspensas e moles. O bordo anterior está perto da bochecha quando o cão está atento. A extremidade é ligeiramente arredondada; seu tamanho não pode ultrapassar o olho. De inserção bem alta, de forma que, vista de frente, a linha da dobra parece continuar a linha de contorno do crânio, dando-lhe a impressão de mais largo ainda.
PESCOÇO: muito forte, musculoso, quase cilíndrico. Garganta com fartura de pele, frouxa e elástica. A circunferência média é quase igual a do crânio. O pescoço é separado da cabeça por um sulco transversal, ligeiramente acentuado e curvado. Sua borda superior é ligeiramente convexa. É muito largo na base, fundindo-se na inserção com os ombros. As barbelas bem definidas começam na garganta, fazendo dobras que vão até o antepeito, sem pender exageradamente.
TRONCO
Linha superior: bem sustentada
Cernelha: bem marcada.
Dorso: largo e musculoso.
Lombo: largo. Bastante curto e compacto.
Garupa: moderadamente inclinada para a raiz da cauda.
Peito: poderoso, largo, longo, profundo, descendo abaixo dos cotovelos. Antepeito igualmente amplo e poderoso e, visto de frente, sua linha inferior (entre as axilas) é convexa para baixo do corpo. Costelas profundas e bem arredondadas, sem ser em barril. O perímetro torácico é de 25 a 30 cm maior que a altura na cernelha.
Linha inferior: curvada do peito profundo ao ventre retraído; abdômen firme, nem pendente, nem muito esgalgada.
CAUDA: bem espessa na raiz. A ponta alcançando, de preferência, o nível dos jarretes, sem ultrapassá-los. Portada baixa, sem ser quebrada, ou nodosa, mas flexível.
Cauda pendente quando em repouso, eleva-se em geral de 90° a 120° em relação a esta posição quando o cão está em ação, sem curvar-se sobre o dorso ou se enrolar.
MEMBROS
ANTERIORES: ossatura forte. Membros muito musculosos.
Ombros: poderosos, com relevo muscular evidente. Inclinação média da escápula (em torno de 45° com a horizontal). Angulação escápulo-umeral pouco maior que 90°.
Braços: muito musculosos.
Cotovelos: trabalhando, bem ajustados, não muito rentes ao tórax e corretamente direcionados para frente.
Antebraços: vistos de frente, retos ou ligeiramente inclinados para dentro para aproximarem-se do plano médio, principalmente nos exemplares cujo peito seja muito largo. Vistos de perfil, verticais.
Metacarpos: poderosos. De perfil, ligeiramente inclinados. Vistos de frente, às vezes, ligeiramente voltados para fora, para compensar a ligeira inclinação para dentro do antebraço.
Patas: fortes, compactas, unhas curvas e fortes, almofadas plantares bem desenvolvidas e flexíveis; o dogue está bem posicionado sobre seus dedos, apesar do seu peso.
POSTERIORES: membros robustos, bem angulados com ossatura robusta. Vistos por trás, os membros são paralelos e verticais, revelando potência, apesar dos posteriores serem menos largos que os anteriores.
Coxas: muito desenvolvidas e grossas, com músculos visíveis.
Joelhos: trabalhando num plano vertical, paralelos ao plano médio ou muito ligeiramente voltados para fora.
Pernas: relativamente curtas, musculosas, próximas ao solo.
Jarretes: curtos, fortes, de angulação moderada.
Patas: um pouco mais longas que as anteriores, dígitos compactos.
MOVIMENTAÇÃO: bastante elástica para um molosso. Caminhando, tem movimento amplo e flexível próximo ao solo. Boa propulsão dos posteriores, boa amplitude dos anteriores, principalmente no trote, que é a andadura preferida. Com a aceleração do trote, a cabeça tende a abaixar-se; a linha superior tende a ascender em direção à garupa; as patas anteriores tendem a se aproximar do plano médio, indo buscar o solo bem à frente. O galope curto (“canter”) com movimento vertical muito importante.
Capaz de grande velocidade em distâncias curtas, correndo rente ao solo.
PELE: espessa e suficientemente solta, sem rugas excessivas.
PELAGEM
Pelo: curto, fino e macio ao toque.
COR: unicolores, em todas as gamas de fulvos, do acaju ao isabela. Deve-se buscar uma boa pigmentação. Manchas brancas pouco extensas são admitidas no antepeito e na extremidades dos membros.
MÁSCARA
1) Máscara Preta: a máscara é pouco extensa, não devendo invadir a região craniana.
Poderá haver leve sombreamento no crânio, orelhas, pescoço e parte superior do corpo. A trufa é preta.
2) Máscara Marrom: (anteriormente conhecida como vermelha ou bistre): a trufa é marrom, bem como a orla das pálpebras e a borda dos lábios. Pode haver um sombreamento marrom não-invasivo; cada pelo apresentando uma parte fulvo ou areia, e uma parte marrom. Neste caso, as partes inclinadas do corpo tem uma cor mais pálida.
3) Sem máscara: o pelo é fulvo; a pele parece vermelha (anteriormente conhecida como “máscara vermelha”). Nesse caso, a trufa então pode ser avermelhada ou rósea.
TAMANHO: a altura na cernelha deve ser próxima ao perímetro da cabeça.
machos: 60 cm a 68 cm.
fêmeas: 58 cm a 66 cm.
1 centímetro para baixo e 2 centímetros para cima serão tolerados.
PESO:
machos: mínimo de 50 quilos.
fêmeas: mínimo de 45 quilos.
FÊMEAS: com características idênticas, porém, menos pronunciadas.
FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade e de seus efeitos sobre a saúde e o bem estar do cão.
FALTAS GRAVES
FALTAS DESQUALIFICANTES
- defeitos incapacitantes identificáveis.
NOTA: