Cão Sertanejo

Aprovado por : Osmir de Moraes Bastos- Presidente

País de origem: Brasil

Nome da Raça: Cão Sertanejo

Utilização: Caça, rastro, presa, pastoreio, segurança e cão de companhia

Prova de trabalho: caça, pega de boi

HISTÓRICO:                                    

Indícios históricos sugerem que os cães domesticados já existiam na América do Sul bem antes da chegada dos europeus.

No livro “História da Missão dos Padres Capuchinhos na Ilha do Maranhão e Terras Circunvizinhas”, publicado em 1614, encontram-se relatos da existência de cães domesticados por índios:

 

 “Também se encontram cães domésticos a que dão o nome de januare e que se parecem com os galgos de nossa terra; são, porém, menores e tão adestrados à caça, principalmente dos agutis, que, presentindo-as em seus covis, não cessam de latir até que a caça seja apanhada.”

 

Graças à sua inteligência, ao forte instinto de companheirismo, tornou-se indispensável ao homem, seguindo seus passos durante o desenvolvimento da civilização, participando ativamente da organização de sua vida social, esportiva e militar.

O Cão Sertanejo , originário do Brasil, com distribuição identificada principalmente na região Nordeste, mas com presença nas regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste. Compõe um patrimônio genético, histórico e cultural, sendo parte integrante da memória popular, principalmente dos vaqueiros e dos caçadores mais velhos, que guardam na memória as aventuras vividas ao lado desses animais

FINALIDADE:  São usados como cão de caça, guarda de lavouras (proteção contra suínos), segurança da propriedade e na lida com o gado, onde o cão é componente obrigatório para tocar o gado na vegetação da Caatinga. O trabalho destes cães exige  que  tenham  um  comportamento  grupal  tranquilo, pois  caçam  individualmente ou em  grupo.

APARÊNCIA GERAL: rústica de porte mediano retangular  não  sendo  desejada  a  quadratura  por  ser inadequada  ao  desempenho  de  sua  função.

COMPORTAMENTO e TEMPERAMENTO: obediente ao dono. É um exímio caçador e executa sua tarefa fora da vista de seu dono ou de seu condutor, as vezes arredio com estranhos.

 

MEDIDAS CORPORAIS

DENOMINAÇÃO

MÉDIAS

max

min

Peso

15,81

22

10

Comprimento

52,30

58

46

Altura anterior

50,47

60

44

Altura posterior

51,33

59

45

Altura média

49,87

59

44

Perímetro torácico

59,40

70

53

Altura do peito ao chão (Altura do Vazio Substernal)

27,60

35

21

Altura corporal (Altura do peito)

22,97

28

19

Altura do cotovelo

26,13

31

22

Altura da insersão da cauda

46,90

56

41

Comprimento da cauda

31,03

44

25

Altura do curvilhão

13,97

17

10

Comprimento da cabeça

23,27

29

20

Comprimento do crânio

15,03

18

12

Comprimento do chanfro

7,90

12

3

Largura do crânio

11,03

13

10

Comprimento da orelha

9,08

11

7

Largura da orelha parte mais larga

6,50

8

5

 

CARACTERISTICAS DESCRITIVAS

É uma raça longilínea, ou seja, que apresenta o corpo comprido e focinho fino e comprido, com um índice corporal máximo de 100,00, com um Comprimento do Corpo que varia de 46 a 58 cm, se comparando à Altura ao Garrote que varia de 45 a 59 cm.

O Índice Cefálico indica que a cabeça é mesocéfala, ou seja, estreita e curta (ICef=47,68), com um comprimento do chanfro correspondendo a uma media de 7,90  e comprimento do crânio de 15,03 mais comprido do que largo. O Índice de Altura Relativa dos Membros enquadra-se no limite superior dos animais adaptados a trote de longa duração, uma característica de cães pastores e boiadeiros (IARM=1,21), no qual o comprimento dos membros é igual à altura ao peito (Brown, 1986), aproximando-se dos valores típicos dos galopadores.

Comprimento do Corpo corresponde a uma média de 52,30 e a  altura posterior (altura do garrote), com uma média de 51,33.

A Relação Altura/Comprimento é ligeiramente superior nos machos, indicando que estes têm uma construção mais quadrada – o Comprimento do Corpo é aproximadamente 8% superior à Altura ao Garrote, enquanto que nas fêmeas CC é 10% superior.

O Índice Cefálico é superior nos machos, indicando que estes têm um crânio proporcionalmente mais largo que o das fêmeas.

              Olhos amendoados de cor avelã  admitindo-se a cor esverdeada.

                Orelhas pontiagudas predominantemente eretas  podendo ser caídas e portadas em rosa.

              Focinho de coloração preta  até altura dos olhos, sendo que é aceitável outras cores.

              Cauda de inserção mediana em forma de bengala e o comprimento não deve ultrapassar a parte superior dos jarretes

                Pelagens mais aceitáveis da raça são quatro: creme ou baio, canindé, tigrada ou rajada e vermelha, onde os índices em algumas regiões do nordeste, caracterizam-se  em maiores ou menores incidências.

 

                 NOTAS:

 

              - Qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade e seus efeitos na saúde e bem estar do cão.

 

              - Cicatrizes no corpo, devido à sua função, não devem ser penalizadas.

               - os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal bem descidos e acomodados na bolsa escrotal.

 

               - todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado.



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