O projeto OFB, segundo o Núcleo dos criadores preservadores.

A SOBRACI tem sido buscada nas suas redes sociais, com grande interesse sobre o trabalho de resgate e preservação de nossa raça canina nativa, denominada Original Fila Brasileiro, realizado pelo Núcleo de Preservação do Original Fila Brasileiro, com nosso apoio.

Sendo este, um trabalho inédito no Brasil, em termos de cinofilia, é de se esperar que as pessoas queiram se inteirar melhor do assunto. Alguns que criam Fila Brasileiro, buscam informações sobre quais os procedimentos necessários para terem seus cães avaliados, na perspectiva de contribuírem com este trabalho de resgate do Original.

Segundo o grupo originalfila, a estruturação para a composição do grupamento genético de base do plantel, se dá através de três vertentes:

01 - Análise fenotípica de cães registrados na raça Fila Brasileiro, e reclassificados como de padrão original, ou Original Fila Brasileiro. Estes cães entram no projeto, por serem naturalmente do padrão antigo, ou OFB.

02 – Análise de cães sem pedigree, com fenótipo Original Fila Brasileiro, cães nativos, de padrão mais primitivo, reconhecidos pelo critério de raça de Vladimir Beregovoy, denominados “aborígenes”, com Registro Inicial – RI.

03 – Acasalamento entre cães da raça Fila Brasileiro, de classificação para fenótipo OFB, apenas “Bom”, somente para fêmeas, com cães aborígenes.

Nestes casos não há registro de ninhada. Os produtos destes acasalamentos, poderão ou não receber classificação como OFB, após análise em idade adulta, com Registro Inicial – RI. Este procedimento é interno, do Núcleo OFB, podendo cães de RI, receberem pedigree inicial da Sobraci.

O acasalamento entre cães originais, resgatados em fazendas, e cães de mesmo padrão, com pedigree, é um projeto do antigo Cafib, orientado por Paulo Santos Cruz, que pode ser conhecido, através do Boletim O Fila. O projeto OFB, reconhece a validade daquele.

O Registro Inicial – RI, para cães nativos de padrão racial original, é uma prática reconhecida em todos os países, onde existem raças originais.

A prática de se resguardar de pedigrees, cães filhos de fêmeas classificadas como “Bom”, apenas, é uma medida de segurança, para caso estas fêmeas de classificação “Bom”, possam estar contaminadas geneticamente por animais de padrão moderno. Somente após as ninhadas estarem adultas, e sob análise, poderão receber os RI, para serem incluídas no projeto OFB, caso se comprove que não houve transmissão de características indesejáveis.

Segundo os organizadores do projeto OFB, estes procedimentos são aceitáveis técnica e cientificamente, para o resgate de uma raça em ameaça de extinção.

Considera-se que nem todo cão Fila Brasileiro, é Original Fila Brasileiro, por motivos amplamente já divulgados no site da entidade. Por isso, o não aproveitamento de todos os cães Fila Brasileiro no programa.

Alguns destes procedimentos tem sido utilizados para a separação de raças, que sofrem processos seletivos, que as afastam de suas origens mais antigas. A exemplo da raça Akita, que atualmente está separada em duas raças distintas, mas tem a mesma base racial. Caso também já ocorrido com a raça eqüina, Mangalarga Marchador no Brasil. Originariamente denominada Mangalarga, em determinado momento da criação nacional, um grupo de criadores, percebendo alterações na originalidade do padrão, e na funcionalidade dos animais, propôs ao Ministério da Agricultura, a separação em duas raças. Ficando com a denominação inicial, a raça modificada, e com a denominação Mangalarga Marchador, a raça de antigo padrão, ou original.

No caso, permanecem com a denominação Fila Brasileiro, aqueles que, segundo o projeto OFB, não se enquadram mais no antigo padrão da raça, o original.

Criadores do Akita Americano e Akita Inu, assim como do Mangalarga e Mangalarga Marchador, convivem tranquilamente nos cenários de criação. Criadores escolhem qual raça desejam criar, sem maiores polêmicas.

Segundo os criadores da raça OFB, considera-se como bom padrão de referência, os cães premiados em exposições do Clube de Aprimoramento do Fila Brasileiro – Cafib, com premiações “ouro”, até à data de 1985.

Ainda segundo os organizadores do projeto OFB, seria importante que o Cafib tornasse público as fotografias destes eventos, desta época, com a disponibilização de todos os Boletins “O Fila”, pois desta forma tem-se documentado e evidenciado, o padrão de referencia OFB.

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